Missão escolta - Alexandra e Angie

Já havia dias que um ser que deveria ser um mito atormentava Angie, esta que resistiu até que simplesmente largou tudo e colocou sua irmã dentro de um carro (provavelmente roubado). A garota pequena, não sabia o que acontecia e para falar a verdade nem mesmo a mais velha sabia.
— Espero que não sejam filhas de Hades ou Poseidon. — O metade homem falou baixinho.

Regras:
- Como inicio de escolta só quero saber do sentimentos dos personagens, se eles tem duvidas, medos, angustias.
- Prazo de postagem 72 h
- Sem armas
- Duvidas chat ou mp
- Mínimo de 5 linhas

Semana Maligna

Minha vida era um tédio, sério, minha mãe era uma vadia que morreu deixando eu e minha irmã sozinhas. Alexandra era o único motivo pelo qual eu batalhava para viver, uma doce menina um tanto quanto quieta. Eu trabalhava em um bar na frente de casa. Minha irmã passava a manhã toda sozinha, brincando de consertar algumas coisas e pela tarde ia à escola. Eu não tinha estudos, minha mãe não tinha dinheiro para me dar uma educação boa. Resolvi então sacrificar metade de meu salário no bar para pagar uma boa escola à Alexandra.

Um dia tudo mudou, um garoto esquisito de olhos castanhos, pele um tanto clara, seus cabelos eram de um tom negro muito escuro. Ele caminhava estranho, mancando. Tinha um sotaque estranho. Eu não sei o que passou pela minha cabeça, mas tive uma quedinha por ele. O garoto era fofo, o que eu poderia fazer? Ele cheirava a boda, Ok, mas não era uma coisa tão grave. Ele queria conversar sobre umas coisas pessoais, ele sabia meu nome, mas eu não estava dando importância para isso. Ele foi embora prometendo voltar no dia seguinte.

No segundo dia, como prometido, o carinha voltou. Ele insistia em conversar, queria me contar detalhes sobre meu nascimento, mas eu não me importava com ele, eu olhava para o futuro. Ele soltava pequenos gemidos, eu ria dele. O garoto soltava metáforas, é, eu entendia sobre tudo, eu posso não ter frequentado a escola por muito tempo, mas eu aprendi a ler. Pela noite, quando eu estava voltando do trabalho para encontrar Alexandra, o carinha saiu do meio de uma moita. Ele era louco. Ele me abordou.  - Você sabe quem é seu pai?  - O garoto parecia ser doido, é claro que eu não sabia. Deveria ser um carinha qualquer, poderia ser até um mendigo... Mas como sabia isso? -Não, não sei e talvez nunca vá saber. O que você quer aqui? Vá embora - Eu continuei andando, ignorando o idiota que ficou para trás. Quando cheguei em minha casa contei tudo para Alexandra, ela me ouvia encantada, o chamava de “Garoto Animal”.

O terceiro dia foi tenso, ele voltou, eu queria sumir da face da terra, me abaixar e sair pelos fundos, mas meu chefe não iria gostar e me mandaria embora. Não tive escolha, tive que aturar o garoto. Eu comecei a refletir sobre a noite passada, como ele sabia sobre meu pai? Será que ele era um tipo de irmão? Primo? Tio? Sobrinho? Bem, eu não me importava em saber sobre meu pai. O cara então se sentou no balcão, ficava olhando para mim com seus olhos castanhos, um olhar penetrante... Ele falou seu nome, Will. Ele fazia perguntas estranhas sobre meu pai, por que eu responderia? Idiota.

Já era o quarto dia e ele ainda estava lá, admito, ele era persistente. Eu olhava para ele com nojo, pensava em uma possibilidade de fazer amizade. Uma decisão correta, o garoto me ajudaria e me botaria no caminho correto mais tarde. Puxei o garoto até uma mesa, comecei me apresentando e fazendo perguntas. Todas respondidas, não eram respostas normais... Respondia como se estivesse bêbado e drogado, tipo “Quem é você?” “Ah, eu sou Will, o sátiro” ou “Onde você mora?” “Na cidade contracorrente, um lugar em que manterá você em segurança”. Segurança? Eu não estava em perigo, nem Alexandra... Talvez ele fosse um assassino ou algo assim, mas logo percebi que ele era inofensivo. O dia então acabou com ele indo embora, satisfeito.

Will ficou dois dias sem aparecer, eu estranhei, mas ele deveria ter mais o que fazer além de perturbar uma garota inocente. ACONTECE que ele voltou no último dia. Ele tentou me convencer e de algum modo vi que era sincero. Ok, eu fui muito louca em aceitar viajar com ele para a Grécia, eu só fui pelas coisas que eu via, coisas inexplicáveis e perigosas... Mas não subestime minha loucura, eu levaria minha irmã. Ao que entendi a cidade era um tipo de refúgio para semideuses (aqueles meio deuses que não possuem a divinacidade divastica). Então larguei meu trabalho, mas antes joguei um pouco de gasolina e outras coisas que queimam, no final eu “sem querer” deixei um fósforo cair, e já sabe, né? Eu corri para fora e logo depois o local explodiu. Vidros, pedaços de mesas, fogão, tudo explodiu lançando destroços. Em poucos minutos a polícia chegou e eu fugi com Will, que olhava para as chamas encantado.

Ao chegar em casa (por assim dizer) Alexandra estava vendo TV quando a porta se abriu, ela se levantou em um pulo e apontou uma faca para mim. Ao ver quem era ela abaixou a faca, um sorriso se abriu em seu rosto e então fui confortada por um abraço de minha irmãzinha. Contei para a criança sobre o plano, que iríamos para o aeroporto e depois para a Grécia. Logo saímos da casa e entramos em um carro com o vidro quebrado, era um Volkswagen verde de 2008. Will ligou o carro e mandou colocar o cinto, ele então pisou no acelerador e saímos em disparada para a morte.

Alexandra McAlister

A viagem foi curta e sem nenhum sinal que alguma criatura fosse atacar, isso só aliviaria o sátiro, as meninas ainda confusa queria saber mais e mais. Felizmente quando chegaram todos aceitaram muito bem o fato de que uma criança e dois jovens estarem viajando internacionalmente, é claro isso deixou duvidas na cabeça da Angie, afinal como é possível ninguém notar que é explicito que tinha alguma força maior manipulando tudo aquilo. De toda forma eles se acomodaram no econômico no avião parecia que nada iria dar errado.

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